domingo, 7 de julho de 2013

A Rendição

"Soldados vindos das linhas, cobertos com peles que os protegem do frio, enlameados, as caras mal rapadas, um ar de esmagadora fadiga... Esta saída da trincheira, o primeiro cotovelo que lhe descortinamos ao fundo e estes homens que saem, quase definem as linhas e a sua vida." Na versão final, é uma composição com mais de 12 metros de comprimento, terminada em 1923, hoje visível no Museu Militar de Lisboa. Obra de Adriano Sousa Lopes

Primeira Guerra Mundial

Como vocês devem saber, a Primeira Guerra Mundial aconteceu no período de 1914 a 1918. Ou seja, quatro anos de terror. Todo o glamour, luxo, suntuosidade e festas infinitas foram deixados de lado em prol de atividades mais imediatas. É hora de atender os feridos e a trabalhar para sobreviver em tempos de racionamento. As roupas então perdem o colorido e se tornam cada vez mais sombrios devido ao crescente luto. Um pouco antes da guerra as vestimentas femininas já haviam sofrido uma modificação significativa. A saia ainda era muito comprida e justa nos tornozelos, mas agora usava-se uma outra por cima, uma espécie de túnica que ia até logo abaixo dos joelhos. Os chapéus diminuíram de tamanho e continuaram a ser usados durante a guerra. Porém, a saia dupla foi abandonada por atrapalhar o trabalho. A partir de 1915 as saias encurtam, deixando à mostra os tornozelos, e mais para frente já mostrava a metade das panturrilhas. Os homens, feridos de guerra, que voltava para casa devido às suas licenças, começavam a se preocupar com a emancipação feminina que se deu início em sua ausência.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Política da Revolução Russa

Nas cidades, a burguesia tinha um papel político limitado e não tinha apoio para a configuração de uma economia industrializada. O parque industrial desenvolvido na Rússia, em grande parte, era fruto da entrada de capitais de investimento estrangeiros interessados em ampliar mercados e reduzir custos de produção. A classe operária, proveniente do tímido processo de industrialização, não tinha força política suficiente para exigir direitos. Os gastos com a Primeira Guerra agravaram a situação econômica do país, potencializando o clima de insatisfação e mudança. Os sovietes, grupos de organização dos trabalhadores, transformaram-se em grandes centros de discussão política. A partir da organização dessas pequenas unidades, a revolução foi possível e instituiu um novo poder na Rússia. Depois de consolidada, as teorias socialistas tiveram que se defrontar com os desafios mais imediatos de uma situação histórica nunca antes vivenciada.
http://www.slideshare.net/ana_mafra/revista-de-histria-23540083

sábado, 22 de junho de 2013

Acordos de paz: tentam ser firmados desde sempre

                                        

 Quando houve o fim do conflito da Primeira Guerra, a Alemanha, por causa das tropas que eram lideradas por ela e que já não podiam mais se sustentar e estavam isoladas, resolveu assinar um acordo de paz no dia 11 de novembro de 1918, que levava o nome de
Armistício, porém as condições desse acordo eram bem desvantajosas. Dentre as propostas estavam:
- a retirada das tropas de todos os territórios ocupados durante a guerra;
- devolver aos adversários materiais de guerra pesados e submarinos apreendidos;
- pagar indenizações pelos territórios ocupados.
  Entretanto quando a guerra acabou definitivamente, em Versalhes, França, de janeiro de 1919 a janeiro de 1920 uma série de conferências que teve a participação de representantes de 27 nações "vencedoras" do conflito,  mas que apesar de ter durado um ano, o Tratado de Versalhes foi concluído em 28 de junho de 1919.
   Contudo, contextualizando nos dias atuais podemos nos lembrar dos tantos acordos de paz mas sem sucesso, que já houveram entre Estados Unidos e Oriente Médio. Dentre eles podemos lembrar da primeira Resolução 242 do Conselho de Segurança da ONU, em 1967 que tinha como princípio a troca de terra por paz e um dos mais recentes acordos que deveria ter sido estabelecido é o de Annapolis, em 2007 que houveram negociações com cerca de 14 países do Oriente Médio.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Economia da Revolução Russa

Sua economia baseava-se na agricultura. Os servos trabalhavam, mas os senhores feudais não tinham o menor interesse de modernizar as plantações.
Em 1904 a Rússia se envolveu em uma guerra contra o Japão. Este conflito desorganizou a economia piorando a situação dos operários e camponeses. 
Em 1921,  os camponeses voltaram a produzir para vender no mercado e as grandes empresas estatais passaram a considerar as necessidades de consumo do povo.
Esta série de medidas ficou conhecida como Nova Política Econômica (NEP) e teve resultados satisfatórios no campo econômico, porém no campo social não foi tão bom assim.
No campo, surgiram camponeses ricos que pagavam um salário para outros camponeses. Para os comunistas essa atitude representava a volta da exploração capitalista.
Nas cidades, os grandes empresários lucravam com essa nova economia e isso fortaleceu o aumento das desigualdades sociais.
Stálin, decidido a industrializar o país, ele só podia contar com dinheiro que vinha da agricultura, já que não podia fazer empréstimos internacionais por causa da pobreza em que o país se encontrava.
Para aumentar a produtividade, foram criadas as fazendas coletivas e muitos camponeses foram obrigados a entregar o gado e as terras ao estado para trabalharem (contra a vontade) nestas fazendas.
Nas fábricas, os operários foram proibidos, sob ameaça de morte, de fazer greve ou mudar de emprego. Apesar disso, as metas de Stálin foram alcançadas e a União Soviética passou por um processo de modernização e industrialização. Porém, o totalitarismo implantado por Stálin na URSS mantinha um rígido controle sobre a imprensa e a cultura em geral.

quinta-feira, 20 de junho de 2013


 

Surge o absolutismo, onde o rei exerce o poder de forma indiscriminada, com mínima interferência de outros setores da sociedade, e a classe burguesa apoiadora do monarca poderá prosperar com a unificação do poder nas mãos de um indivíduo em que confiam e que os auxilia a manter um comércio de proporções nacionais (em certos casos, até internacionais). Além disso, os negociantes financiariam os diversos projetos do monarca, e em troca, conseguiriam participações substanciais nos negócios do Estado.
Com o absolutismo o rei concentrava todos os poderes, criando leis sem aprovação da sociedade, além de impostos e demais tributos de acordo com a situação ou um novo projeto ou guerra que surgisse. Além disso, o monarca interferia em assuntos religiosos, em alguns casos controlando o clero de seu país.
A nobreza que acompanhava o monarca era uma classe exclusivamente parasitária, geralmente vivendo na corte do rei, e não tendo ocupação definida, a não ser o apoio irrestrito ao rei e o controle militar de certa região a favor do monarca. Qualquer oposição oriunda das camadas mais populares podia ser violentamente reprimida pelas forças do rei. Note-se que absolutismo e despotismo, apesar de similares, diferem pelo fato de o absolutismo ter uma base teórica (Jean Bodin, Thomas Hobbes, Nicolau Maquiavel) e o despotismo ser uma espécie de corrupção do absolutismo, onde o monarca age deliberadamente sem qualquer preocupação teórica, social, política ou religiosa.

Sociedade na revolução Russa


A Revolução Russa de 1917 foi um acontecimento capital na História do Século XX. E, apesar de o mundo socialista por ela criado haver desmoronado no final do período, aquele evento exerceu uma extraordinária influência na vida de centenas de milhões de seres humanos. Lenin foi o primeiro chefe do Governo Socialista russo, implantado com a revolução de outubro de 1917.


Revolução Russa

A Rússia no início do século XX

Atraso social — A sociedade russa era ainda mais desigual que a sociedade francesa às vésperas da Revolução de 1789. Havia o absoluto predomínio da aristocracia fundiária, diante de uma burguesia fraca e das massas camponesas marginalizadas. O proletariado russo era violentamente explorado; mas já possuía uma forte consciência social e política e estava concentrado nos grandes centros urbanos — o que facilitaria sua mobilização em caso de revolução.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Economia da Revolução Francesa

         Naquela época, a principal atividade econômica na França era a agricultura: aproximadamente 80% da população viviam e trabalhavam no meio rural.
             Durante a metade do século XVIII, uma grande parte da população passava fome. Tudo porque os pesados impostos empobreciam o povo.
         Essa difícil situação agravava-se ainda mais quando ocorriam secas prolongadas ou inundações. Como na década de 1780 tais os fenômenos foram freqüentes, ocorrem várias crises de abastecimento.

              Outra atividade que passava por crise, era a atividade comercial. A indústria, por sua vez, vinha sendo prejudicada pelas regulamentações mercantilistas impostas pelo governo, pela pobreza da população e pelo tratado que a França assinou com a Inglaterra em 1786. Por esse acordo, os tecidos ingleses ganharam o direito de entrar na França sem ter diretamente com as manufaturas francesas e causando a falência de muitas delas.

domingo, 9 de junho de 2013

Reconhecimento Universal


           A Europa exercia, às vésperas da primeira guerra, uma supremacia política e econômica sobre os demais países do mundo, pois além da força militar, nas frotas de guerra e na rede de bases navais, na superioridade de armamentos e no número de exércitos, contava também com superioridade material e técnica, que a converteu em um poderio financeiro que a transformou no banco global, de supremacia intelectual universalmente reconhecida.
           A Primeira Guerra Mundial modificou completamente a mapa político da Europa e acelerou o surgimento do primeiro Estado socialista do globo: a União Soviética. Este fato quebrou a unidade do capitalismo no mundo por um longo tempo.

sábado, 8 de junho de 2013

"Um dos mais sangrentos episódios da história da humanidade"

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Após a Primeira Guerra Mundial os prejuízos materiais eram incalculáveis. A Europa já não era a mesma, havia perdido a influência no mundo.
A Primeira Guerra Mundial foi o prenúncio da crise total que se abateu sobre a Europa. Também acirrou as contradições do capitalismo, a ponto de provocar o aparecimento de uma nova forma de sociedade: a socialista.
A quantidade de mortos fazia qualquer outro conflito anterior parecer uma pequena batalha perto da carnificina provocada pela Primeira Guerra Mundial.
"Um dos mais sangrentos episódios da história da humanidade', assim foi considerada a Primeira Guerra Mundial, por muitos historiadores. Foi vista como um marco do nascimento do mundo moderno, mas o nascimento desse mundo custou muito em termos de vida. No total as estimativas variam entre 9 e 10 milhões de mortos.
Embora as balas e bombas durante o conflito tenham tirado muitas vidas, a chamada gripe espanhola chegou a matar muito mais do que a luta. Para se ter uma ideia o Estados Unidos, que só depois de 1917 se envolveram na guerra tiveram cerca de 115 mil soldados mortos, mas a gripe espanhola matou mas de 500 mil americanos.

Sociedade da Revolução Francesa


Pode se dizer que a Revolução Francesa teve relevante papel nas bases da sociedade de uma época, além de ter sido um marco divisório da história dando início à idade contemporânea.
Em 1789, a população da França era a maior do mundo, e era dividida em três estados: clero (1º estado), nobreza (2º estado) e povo (3º estado).

Clero
Alto clero (bispos, abades e cônicos)
Baixo clero (sacerdotes pobres)

*Podemos compará-los com os políticos de hoje, mas com muito mais corrupção do que antigamente.
Nobreza
Nobreza cortesã (moradores do Palácio de Versalhes)
Nobreza provincial (grupo empobrecido que vivia no interior)
Nobreza de Toga (burgueses ricos que compravam títulos de nobreza e cargos políticos e administrativos)

*Relacionando com os dias atuais, podem ser os grandes donos de empresas ou de terras.
Povo
Camponeses
Grande burguesia (banqueiros, grandes empresários e comerciantes)
Média burguesia (profissionais liberais)
Pequena burguesia (artesãos e comerciantes)
Sans-culottes (aprendizes de ofícios, assalariados, desempregados). Tinham este nome porque não usavam os calções curtos com meias típicos da nobreza.

*E o povo somos nós, que temos que votar nesse "clero corrupto", que trabalhamos duro e raramente recebendo o que deveria, mas infelizmente não podendo fazer nada!!

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Tríplice Aliança e Tríplice Entente: o que isso tem a ver com os dias de hoje?



          No fim do século XIX, muitos países europeus planejavam vários acordos que acabaram resultando, em 1914, na Primeira Guerra Mundial ou na Primeira Grande Guerra como alguns historiadores preferem chamar. Dentro desses acordos e alianças que foram feitos podemos destacar a Tríplice Aliança, que foi o primeiro acordo que a Alemanha fez e uniu-se a ela Itália e o Império Austro-húngaro, pois a Alemanha temia que a França fizesse algum tipo de retaliação e também com a finalidade de manter as fronteiras que haviam adquiridos, desenvolveram uma política externa de alianças.
          Entretanto, da mesma forma que a Alemanha temia alguma retaliação da França, a mesma tinha o receio da ascensão sobre alemã e acabou criando a Tríplice Entente, que era composta por Rússia, por causa do grande poder de modernização e industrialização que a França prometeu, e a Inglaterra que não estava nem um pouco satisfeita com o desenvolvimento econômico e industrial alemão.
          Mas trazendo isso para os dias atuais, podemos perceber que da mesma forma que havia esses acordos econômicos, hoje podemos ver os acordos entre países e Rússia, pois ela atualmente é considerada uma das maiores potências em fornecimento de matérias primas as indústrias bélicas ao redor do mundo, inclusive do Brasil. Além disso a tecnologia russa está ligada a política externa do país como por exemplo a relação com o Brasil, por causa das usinas nucleares que estão localizadas em Angra dos Reis, Rio de Janeiro.
          Porém além do poderio russo na área bélica, podemos destacar nos dias atuais acordos econômicos estabelecidos entre países economicamente e industrialmente desenvolvidos, em relação a empréstimos de dinheiro a países que precisam para se reerguer por causa de problemas financeiros como é o caso do FMI (Fundo Monetário Internacional).
          Contudo além desses acordos tecnológicos e econômicos, temos também os tantos acordos de paz que desde sempre tentam serem firmados entre Estados Unidos e Oriente Médio, mas isso já é assunto para uma próxima postagem!

Fontes:http://www.alunosonline.com.br/historia/politica-aliancas-para-primeira-guerra- mundial.html  acesso em 07/06/2013.
http://www.brasilescola.com/geografia/fmiebancomundial.htm acesso em 07/06/2013.

Suellen K. Rosa

A mídia na Primeira Guerra Mundial





Naquela época, a mídia mais influente era o jornal pois ainda não havia rádio, mas já era suficiente para insuflar no povo os sentimentos patrióticos e nacionalistas...além disso havia a disseminação de cartazes convocando o povo para lutar e defender os valores nacionais, além de esculhambar com os inimigos.

Arte no período da Primeira Guerra Mundial



Quando falamos em Primeira Guerra Mundial, na arte podemos considerar grande importância e frisar que o conflito empreendeu uma quebra de paradigmas e valores. Essa ideia de ruptura tem como base a antiga imagem que se tinha do Velho Mundo, lugar de progresso, ciência, modernidade, racionalismo e ordem. Sem dúvida, intelectuais de outras regiões do mundo tinham esta impressão e assim colocavam a Europa como um exemplo a ser seguido. Após tanta destruição e morte causada pela guerra, muitos artistas mudaram seu jeito e crença sobre determinados aspectos da arte do ponto de vista dos mesmos, perdendo sua fé na arte abstrata, muitos acreditaram que parecia fútil e superficial em um momento em que milhões de pessoas morriam, cidades inteiras sofriam com a escassez de alimentos, a corrupção política florescia e os soldados mutilados na guerra retornavam. Os artistas pertencentes a um movimento conhecido como Neue Sachlichkeit (Nova objetividade) acreditavam que, para abordar esses problemas, a arte não deveria se dissociar da experiência da vida quotidiana, perseguir ideais filosóficos abstratos ou investigar a psicologia individual de seu criador. Esses artistas, entre eles George Grosz e Otto Dix, defendiam uma volta a modos de representação mais tradicionais, além de um comprometimento direto com as questões sociais e políticas urgentes da época. O Vendedor de fósforos (1920, Staatsgalerie, Stuttgart), de Dix, por exemplo, rejeita o cubismo, o expressionismo e a abstração em favor de um tipo de representação de compreensão mais imediata.

Na pintura a abaixo Dix expõe, quase foto graficamente, o descaso dos passantes diante do sofrimento de um ex-soldado cego e paralítico. A produção dessa fase do artista constitui uma espécie de crônica ácida e indignada do ambiente alemão do período, o que vale a sua prisão em 1939 e a condenação de sua obra como arte degenerada.
A obra de Dix flagra a hipocrisia e frivolidade da sociedade berlinense do pós-guerra.